Visualizações de página do mês passado

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Cisne e a Bailarina

De pele macia, suave e delicada
Dançando pela noite enluarada
Dando ao ar a graça onde voava
E ao passar plumas caídas deixava

Um giro rápido olhando para o lado
Esguio e bonito seu pescoço alongado
Seus braços em arco curvados...
Em sua base dedos sofridos, calejados

Pois na brisa seu voo não se abala
Com força e estética o som lhe embala
Com a lua sua pele brilha, cintila

Em seu lago se reflete seu traço
Sua força desenvolve maravilhoso cada passo

Na fraca luz a bruxulear, seu baile secreto
Um som inexistente nos ouvidos, incerto

Depois do ato fecha-se a cortina
E parte charmoso sobre a colina
O branco cisne da ballerina

Erick Silva

terça-feira, 6 de março de 2012

O doce veneno do bicho


Sou bicho, bicho do mato, e bicho venenoso,
Escondo minhas pérfidas garras de veneno na luz de um menino
As damas eu espreito almejando faze-las verter em seu caldo caudaloso
E com toda inocência chego devagar instilando meu veneno doce e libertino
Sobre o veneno que tenho há um fato curioso!

Como digo, sou bicho, bicho venenoso.
E o veneno que há em mim guardado é de fato tenebroso.
Veio-me a perceber que ao fazê-las verter o veneno é fabuloso.
Transpõe os sentidos chegando à libido calmo e silencioso.
Trazendo a tona o que desde outrora já lhes era desejoso.

E eu como o bicho, o bicho do veneno, o bicho venenoso!
Armo-me de aparência sibilando algo suave e libidinoso
Em tua face púbica deixo-me cair e os dedos passear em teu segredo juncoso
Oh! Deleitar-vos-á de todo meu veneno sucoso
E macula se perdera em seu ímpeto de desejo voluptuoso

Mataras o bicho, o bicho do veneno, bicho mortal e venenoso
Pois a flor que guardavas era também algo venenoso

Erick silva