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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Como duas almas tão...

distantes
se conhecem tão bem?
e veem no outro seu espelho
o oposto igual, apenas invertido
olhares de silêncios tensos,agudos

tão ingenuo... o reflexo engana
devotos sejam, do esplendor que emana
tão real é a ilusão
o corpo cria o que é desejo
e antes de morrer coeso
se mostra ele ser inalterado

                  ***

e nus ficamos e eu mais
ficando aos poucos pra trás
mostrei-me, fiz-me carne

                  ***
tão nebulosos pensamentos...
sugira da nudez vergonha,
uma mancha em lençóis invisíveis,
nodoa no reflexo sem penumbra,
coloca a alma em pranto
juntando pedaços irascíveis

nasce um novo elo inquebrável
quebrar o espelho inescrutável
lado-a-lado à própria imagem...
tão inversa, tão real
que bebe do tempo a verdade
e apenas se repete por vaidade.