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domingo, 28 de julho de 2013

eLa

Nada à janela, nada que era ela.
Nada na estrada e eu ficava
Como nada se espera e nada restava
Eu estava na estrada ao lado da janela
Esperando se passava a vida que era bela
Sentado na calçada olhava pra janela
E na vida da favela nada impressionava
Eu só ficava na calçada pra ver se ela passava
Além da estrada eu vi algo e me chamava
Não fui, fiquei com medo daquele reza vela
Só havia sobra na qual nada se revela
Esperei a noite inteira e enquanto madrugava
O sol do leste já vinha e tudo clareava
Ah, e junto com o sol era ela que chegava
Nada à janela, nada que era ela
Mas na rua ela passava.

Erick Silva