não me tenha em tão pouco gosto
deixo a sala vazia por falta coragem
saio soslaiando só, saio pela garagem...
... vontade maior que eu, a contragosto
não importa o quão disposto, não!
isso me rasga inteiro, um fiapo de gente
saio soslaiando só, saio negligente
de atender um deus, vontade, senão
que me importa, então? é vaidade...
que lacuna que falta preenchida dói
na ausência desse enxerto, me corrói
dá-me tudo que tem, meu de verdade
serei corrompido no primeiro instante
e nem força fará para que me acorde
e num simples toque do meu acorde
te corrompo vezes mais, a todo instante
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
sábado, 7 de novembro de 2015
como é sentir endo-homeostático
fora de si, letra à letra, eletrostático
a insignificância do meu universo
em você... um dedo... controverso
e o que move o mundo me move
e te move imóvel. nada nos comove
... sentados esperamos que um olho
de vidro acolha o sinal de arrolho...
mas já esqueci de tudo, já acabou
num pequeno estalo como começou
fora de si, letra à letra, eletrostático
a insignificância do meu universo
em você... um dedo... controverso
e o que move o mundo me move
e te move imóvel. nada nos comove
... sentados esperamos que um olho
de vidro acolha o sinal de arrolho...
mas já esqueci de tudo, já acabou
num pequeno estalo como começou
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Se é céu e inferno que há
Mandem-me pro fundo do mar
Lá os peixes não fedem
Nem porcos nas pérolas se perdem
Se é céu e inferno que há
De que me adianta todo este ar?
Mandem-me para não mais voltar
Para bem além de lá
Se é céu, a régua medirá
Se é inferno, são os outros
E para os outros "eu" não bastará
Para os outros a régua que me medirá
Erick Silva
Mandem-me pro fundo do mar
Lá os peixes não fedem
Nem porcos nas pérolas se perdem
Se é céu e inferno que há
De que me adianta todo este ar?
Mandem-me para não mais voltar
Para bem além de lá
Se é céu, a régua medirá
Se é inferno, são os outros
E para os outros "eu" não bastará
Para os outros a régua que me medirá
Erick Silva
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
tranque-me no quarto sem cantos
empurre-me e te darei prantos
e serei escravo fora das grades
meus grilhões cerram no crepúsculo
usarão minha força em cada músculo
somente a luz rosada no fim das tardes
é refugio para as almas ressequidas
como esta, todas perseguidas
recluso em si, penetrardes
repete-se no corredor do quarto
ante toda tristeza, iludido, harto
traz a morte como todos os covardes
empurre-me e te darei prantos
e serei escravo fora das grades
meus grilhões cerram no crepúsculo
usarão minha força em cada músculo
somente a luz rosada no fim das tardes
é refugio para as almas ressequidas
como esta, todas perseguidas
recluso em si, penetrardes
repete-se no corredor do quarto
ante toda tristeza, iludido, harto
traz a morte como todos os covardes
sábado, 26 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Eu gosto do mal gosto
Eu gosto do deboche
eu gosto do que dói
do que fira
o que destrói
não gosto que me toque
não gosto que me foque
com sua lente de retina
filtrando a luz
refletida em minha melanina
Agora vá embora
Vá embora agora
Me deixe sem demora
de partir a qualquer hora
me livre bom gosto
da masmorra do desgosto
Antes que o teu gosto
me devore e vá embora
Eu gosto do deboche
eu gosto do que dói
do que fira
o que destrói
não gosto que me toque
não gosto que me foque
com sua lente de retina
filtrando a luz
refletida em minha melanina
Agora vá embora
Vá embora agora
Me deixe sem demora
de partir a qualquer hora
me livre bom gosto
da masmorra do desgosto
Antes que o teu gosto
me devore e vá embora
e.s.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Como duas almas tão...
distantes
se conhecem tão bem?
e veem no outro seu espelho
o oposto igual, apenas invertido
olhares de silêncios tensos,agudos
tão ingenuo... o reflexo engana
devotos sejam, do esplendor que emana
tão real é a ilusão
o corpo cria o que é desejo
e antes de morrer coeso
se mostra ele ser inalterado
***
e nus ficamos e eu mais
ficando aos poucos pra trás
mostrei-me, fiz-me carne
***
tão nebulosos pensamentos...
sugira da nudez vergonha,
uma mancha em lençóis invisíveis,
nodoa no reflexo sem penumbra,
coloca a alma em pranto
juntando pedaços irascíveis
nasce um novo elo inquebrável
quebrar o espelho inescrutável
lado-a-lado à própria imagem...
tão inversa, tão real
que bebe do tempo a verdade
e apenas se repete por vaidade.
distantes
se conhecem tão bem?
e veem no outro seu espelho
o oposto igual, apenas invertido
olhares de silêncios tensos,agudos
tão ingenuo... o reflexo engana
devotos sejam, do esplendor que emana
tão real é a ilusão
o corpo cria o que é desejo
e antes de morrer coeso
se mostra ele ser inalterado
***
e nus ficamos e eu mais
ficando aos poucos pra trás
mostrei-me, fiz-me carne
***
tão nebulosos pensamentos...
sugira da nudez vergonha,
uma mancha em lençóis invisíveis,
nodoa no reflexo sem penumbra,
coloca a alma em pranto
juntando pedaços irascíveis
nasce um novo elo inquebrável
quebrar o espelho inescrutável
lado-a-lado à própria imagem...
tão inversa, tão real
que bebe do tempo a verdade
e apenas se repete por vaidade.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
eis que o papel dobrado detesta a caneta
relutante abre-se para que o fluido o manche
A caneta sedenta instila-se em seta
para que o fino papel as dobras desmanche
tolo papel, findo o ato
assinado está em contrato
consolida poder à tinta que lhe atravessa
e deitado permanece, disposto em sua travessa
bem servida a ponta, sempre cheia de tinta
esbanja-se consumindo do papel todo o espaço
o papel conhece a idade, mas antes que sinta
do que fora é agora apenas um pedaço
relutante abre-se para que o fluido o manche
A caneta sedenta instila-se em seta
para que o fino papel as dobras desmanche
tolo papel, findo o ato
assinado está em contrato
consolida poder à tinta que lhe atravessa
e deitado permanece, disposto em sua travessa
bem servida a ponta, sempre cheia de tinta
esbanja-se consumindo do papel todo o espaço
o papel conhece a idade, mas antes que sinta
do que fora é agora apenas um pedaço
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Dialoguês
Dicionário
Cornetar: neo. ver. Sig: reclamar; protestar;
reivindicar; ex:
"Eu quero fazer silêncio
Um silêncio tão doente
Do vizinho 'cornetar'
E chamar polícia e médico
E o síndico do meu tédio
Pedindo pra eu cantar"
Fco. Buarque de Hollanda
Gíria usada nas ondas da internet
Xadrez Verbal
https://www.youtube.com/watch?v=QcyfQML7HIE
Erick Silva
Dicionário
Cornetar: neo. ver. Sig: reclamar; protestar;
reivindicar; ex:
"Eu quero fazer silêncio
Um silêncio tão doente
Do vizinho 'cornetar'
E chamar polícia e médico
E o síndico do meu tédio
Pedindo pra eu cantar"
Fco. Buarque de Hollanda
Gíria usada nas ondas da internet
Xadrez Verbal
https://www.youtube.com/watch?v=QcyfQML7HIE
Erick Silva