E que há em escrever uma palavra morta?
jazida a perecer, sem lavra, que importa?
só os mortos contemplam esta obstinação
decompostos lamentam em resignação
é um esforço grotescamente tugido
este estorço sinceramente túrgido
de palavras comidas de pausas
- ah, parvas, roídas por causas
carregadas da vida que já tiveram
malogradas ainda se expuseram
tentam num adeus dar resposta:
frente a um deus, vai e aposta.