Os fantasmas estão acorrentados no tornozelo do
homem e fazem zelo de sua alma, entretanto o consomem, seus passos longos e
pesados agora diferentes de antes, espaçados. Livre num livro acorrentado, e
agora, que fazer o homem tão solitário e desesperado? Sonhar? Deixar-se
livremente vagar no mundo onde não há palavras de limite, onde sequer seu eco o
imite? Quem dera a infinda ilusão de uma terna alusão paradisíaca pudesse
acalmar a indolente alma extenuada e inocente -Quem dera eu ter poder para
acalmar está alma inocente! Agora como um vagabundo vaga pelos contíguos
pensamentos labirínticos, com seu músculo límbico ao máximo contraído, com a
loucura do mundo condoído e seu peito doído, parou. Deitou-se sobre a luz das
estrelas e decidiu-se finalmente, que dos fantasmas quebraria as correntes,
sentiu uma tênue chama instilar seu coração, e sentiu-se inebriado numa canção
que agora lhe tomara conta. Tendo a meta em vista reta, exita com pressa, ao
preparo que agora sentia raro, percebe, então, que há muitos demônios a
enfrentar. Este pobre homem, preso em seus devaneios, atado a seus infindáveis
anseios, mal aceito por conta dos preceitos que ungem o peito de alguém
inesperado, muito embora suspeito por uma amizade sem ambição, mas sem como
descobrir ou ver desambiguação, frustrado, pálido, já quase abruptamente
estagnado percebe. Não há nada que um simples desejo não consiga, em se
depender de sua própria vontade, deixando de lado toda a vaidade para que
prossiga.
Erick Silva.
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