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sábado, 15 de setembro de 2012

A Orquídea negra

Quero ver o sangue escorrer pelo ódio de delírio vindo do imperfeito amor
quero ver na rubra cor o lamento das pobres almas inocentes e clamor
quero ver verter gota a gota nas lágrimas de uma garota rouca
quero ver os gritos e lamúrias aos soluços nascerem em sua boca

Cada fio do seu cabelo negro descontente
pela caça abatida na calçada. entrementes
tudo ao seu redor torna-se vermelho para sempre
suas mãos trêmulas seguram a pendente

Seus lamentos não encontram o céu
foi quando parou e pôs sobre sua face o vel
em sua boca agora amarga com sabor de fel

todos os seus beijos, suas carícias, seu amor
agora se agregam num incrível torpor
Num céu sem deus, sem fim, sem cor

Erick Silva

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