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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Phoenix do vale






A Phoenix do vale
 
O que carrego em alta estima foi transformado em cinzas
As chamas desfiguram as linhas definidas quando crepitam
Queimam e ardem com o impacto de palavras concisas
Sobre cada lamento de vida as línguas de fogo se precipitam

Nada sobra por onde passa o senhor das chamas ardendo
Nem mesmo meus mais íntimos segredos lhe escapam
Meus pássaros que voavam em meio ar foram aos poucos descendo
De suas penas nada restou e seus cantos melodiosos cessaram

E depois do fogo passado as cinzas dançam ao sabor do vento
E um silvo louco ecoa persistente declamando lamentos
Durante a tarde purpura cheia de carvão espalhado no chão

Agora é hora de sair do punhado de cinzas contido na grade mão
É hora de bater as asas de volta rumo ao céu noturno
E romper o silencio imposto pelas sombras do vale taciturno

Erick Silva

Um comentário:

Unknown disse...

Esperem para ver o conto: O vale Taciturno I. A trilha do corvo!

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